Desbloqueando o Potencial da Segurança: O Papel Crucial da Liderança no HOP e Safety Differently

Um tema central em Safety Differently (Dekker, 2015), Safety II (Hollnagel, 2015) e no Human and Organizational Performance (HOP) é a necessidade de mudar o foco para a nossa capacidade de desempenho. Essa mudança de mentalidade já foi adotada por grandes empresas ao redor do mundo, nos últimos 15 anos,  e nos permite dar um passo além da segurança tradicional, que costuma se concentrar apenas no que está dando errado.

A velha mentalidade: Segurança-I

Na abordagem convencional, chamada de Segurança-I, a segurança é vista como a ausência de acidentes ou incidentes. Se nada deu errado, estamos seguros. Essa visão limita o potencial, pois induz que os seres humanos, ao serem variáveis, são os maiores culpados pelos erros. Isso se reflete nas análise de acidentes com a classificação de ato inseguro ou condição insegura ou a própria descrição do evento já sugere que a causa raiz é a pessoa, sem considerar os influenciadores no CONTEXTO.

Uma nova forma de pensar: Segurança-II e HOP

Praticada há mais de 15 anos por poucas empresas no planeta, recentemente ganhou impulso a Segurança-II, nos ensinando que, em vez de tratar as pessoas como o problema, devemos vê-las como a solução.

Dekker (2015) destaca que as pessoas são fontes de diversidade, percepção e criatividade – tudo isso essencial para a segurança e a melhoria contínua. Ele sugere que, ao invés de buscar culpados, precisamos ajustar o CONTEXTOem que as pessoas operam.

O CONTEXTO é o grande influenciador para as escolhas e os comportamentos realizados pelos trabalhadores. Outra conexão para CONTEXTO são os fatores humanos.

Essa mudança de mindset é profunda. Em vez de focar em investigar acidentes para encontrar culpados, a proposta é analisar os processos para identificar o que podemos aprender e melhorar.

Todd Conklin e o foco na Capacidade

Todd Conklin também reforça essa necessidade de repensar a segurança. Para ele, a segurança não é a ausência de acidentes, mas sim a presença de capacidade. Ou seja, é necessário desenvolver a habilidade das pessoas e sistemas funcionarem bem, mesmo em cenários adversos.

Elevando Programas de Segurança por 35 anos, verifiquei que a maioria dos programas tradicionais e/ou comportamentais de segurança falha por focar excessivamente em inspecionar, observar o comportamento dos trabalhadores e dar feedback, mas sem entender os dados críticos. É nesses dados que está o verdadeiro valor – neles podemos identificar os influenciadores chave do ambiente, o famoso “CONTEXTO” ou “fatores humanos”.

Liderança é e sempre foi a Chave

Estudos comprovam que a liderança é o principal fator que impulsiona o desempenho da equipe. Em 2010, foi publicado um estudo intitulado “How Effective Leadership Practices Deliver Safety Performance AND Operational Excellence”, que revelou descobertas surpreendentes:

  • Ao contrário do pensamento convencional, o melhor desempenho da equipe não é alcançado através de uma maior gestão das três primeiras dimensões de desempenho (produção, recursos e processos).
  • Mais de 70% do desempenho da equipe é impulsionado pela liderança – mais especificamente, pelos líderes operacionais.
  • As mesmas práticas de liderança que geram resultados em segurança também impulsionam todas as outras áreas de desempenho da equipe.
  • O que normalmente medimos com os KPIs convencionais não captura esses 70% influenciados diretamente pela liderança.

Esses achados desafiam a gestão tradicional e destacam que o verdadeiro motor do desempenho é a liderança, e não apenas a gestão de processos.

O que faz a diferença na liderança?

Judith Komaki, na área de Comportamento Organizacional, através de anos de pesquisa nos traz muita clareza, em seu livro “Leadership: The Operant Model of Effective Supervision (People and Organizations)”. Algumas conclusões sobre o que fazem os líderes mais efetivos:

  • Dedicam mais tempo monitorando (observando diretamente e conversando sobre desempenho).
  • Iniciam o monitoramento desde o primeiro instante das interações sociais.
  • Estimulam o time a conversar sobre o seu próprio desempenho (reuniões com foco em desempenho).
  • Dão significativamente mais feedback.

Essas práticas são as mesmas que aplico em todos os meus programas e mentorias, sempre com resultados positivos e validados pela ciência.

A 4ª Dimensão: Pessoas

O verdadeiro diferencial não está apenas nos processos ou sistemas, mas nas pessoas.

É a liderança que desbloqueia o potencial humano, influenciando o desempenho de maneira sustentável.

Quando os líderes adotam práticas efetivas e compreendem como aplicá-las, eles criam ambientes que não só mantêm a segurança, mas que florescem em todas as áreas.

Se você quer construir uma cultura de Segurança Diferente, comece entendendo o que os líderes fazem e, mais importante, como eles fazem isso.

Esse é o primeiro de uma série de artigos onde compartilho as práticas de liderança que descobrimos ser cruciais para criar um desempenho sustentável.

Se você quer saber mais sobre como os líderes criam um desempenho de excelência em segurança e outras áreas,

Para saber mais, acesse o nosso blog em https://carlosmassera.com.br/artigos/ e o canal do Youtube @comportamentoseguro

Se quiser falar comigo, você pode enviar um email em FALE COM O MASSERA  ou agendar uma reunião em AGENDE AQUI.

Gerencie a Percepção de Riscos para Ter Comportamento Seguro

Introdução

A segurança no ambiente de trabalho é fundamental, mas para ser realmente eficaz, é necessário que a percepção de risco dos colaboradores esteja alinhada com os dados concretos. Muitas vezes, as percepções individuais sobre os riscos não correspondem à realidade, o que pode resultar em uma falsa sensação de segurança e em medidas preventivas inadequadas. Este artigo explora a importância de utilizar dados concretos para alinhar percepções de risco e fortalecer a cultura de segurança nas organizações, com base nas ideias discutidas no meu livro “A Percepção de Riscos e da Segurança” (compre em https://carlosmassera.com.br/livro-percepcao-de-riscos) e no workshop “Elevando a Percepção de Riscos e o Comportamento Seguro”, para operacionais e líderes.

A Discrepância Entre Percepção e Realidade

Cada colaborador tem uma percepção única dos riscos no ambiente de trabalho, influenciada por experiências pessoais. Essas percepções são frequentemente desalinhadas com os dados reais sobre incidentes e riscos. No meu livro, defino segurança como “quando os riscos são gerenciados até serem aceitáveis” (ANSI/ASSE Z590.3—2011). No dia-a-dia, os riscos estão sendo aceitos pelos operacionais e a liderança sente-se sem recursos para ajudar às equipes a definirem o nílve de risco aceitável. A falta de alinhamento entre percepção e dados pode levar a uma concentração de esforços em áreas menos críticas, deixando de lado os riscos mais significativos.

Ler não é liderar! - líder lendo documento a seus liderados

O Papel dos Líderes na Cultura de Segurança

Líderes desempenham um papel crucial na formação e manutenção de uma cultura de segurança. O workshop “Elevando a Percepção de Riscos” destaca que a presença e a conduta dos líderes são fundamentais para aumentar a percepção de risco entre os colaboradores. Não há abordagem de maior impacto do que a presença positiva e percebida do líder. Os líderes devem comunicar claramente o valor da segurança, nunca aceitar ou negociar riscos, e garantir que a gestão de riscos seja uma prática constante e valorizada na organização.

Como Alinhar Percepções com Dados

  1. Educação e Treinamento: Treinamentos contínuos e práticos sobre riscos reais e a importância de basear percepções em dados concretos são essenciais. Os colaboradores precisam entender o que é perigo e o que é risco, como descrito na apostila, onde “perigo é algo que tem potencial de causar dano” e “risco é a probabilidade de que um perigo ocorra”.
  2. Transparência e Comunicação: Compartilhar abertamente dados e estatísticas de segurança com todos os níveis da organização ajuda a criar uma compreensão comum dos riscos. A comunicação clara e constante é fundamental para alinhar as percepções.
  3. Práticas de Liderança Consistentes: Os líderes devem ser modelos de comportamento seguro, mostrando que segurança é um valor inegociável. A aplicação dos “4P’s” — Perceba, Pense, Planeje e Pratique — é uma prática recomendada para garantir que todos os colaboradores estejam cientes dos procedimentos de segurança antes de iniciar qualquer tarefa.

Casos de Sucesso e Desafios

Exemplos de sucesso incluem reduções significativas em acidentes em diversos setores, como petroquímico, manufatura e agroquímica, conforme documentado no workshop. No entanto, o desafio permanece em manter a consistência e o comprometimento, especialmente em tempos de mudança organizacional ou pressão por resultados rápidos.

Conclusão

Alinhar as percepções de risco dos colaboradores com dados concretos é essencial para uma cultura de segurança robusta. Isso não só melhora a eficácia das medidas preventivas, mas também promove um ambiente de trabalho mais seguro e consciente. Para mais informações sobre como desenvolver uma cultura de segurança baseada em dados e melhorar a percepção de riscos em sua organização, consulte meu livro “A Percepção de Riscos e da Segurança” e o workshop “Elevando a Percepção de Riscos”.

Para saber mais, acesse o nosso blog em https://carlosmassera.com.br/artigos/ e o canal do Youtube @comportamentoseguro

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Por que as empresas precisam considerar o treinamento de liderança para supervisores?

Por que as empresas precisam considerar o treinamento de liderança para supervisores?

Se você é um gerente sênior de uma empresa, sabe o quão desafiador pode ser gerenciar seus supervisores operacionais e suas equipes. Questões como:

  • aumento no número de desvios ou incidentes de segurança, resultando em lesões, danos e processos judiciais,
  • complacência dos funcionários, levando a baixa qualidade, produtividade e insatisfação do cliente,
  • e falta de engajamento, causando frustração, maior absenteísmo e rotatividade, podem prejudicar a reputação, lucratividade e crescimento da sua empresa.

Mas e se eu lhe dissesse que há uma maneira de quebrar o ciclo de desempenho negativo e melhorar as coisas?

A solução está em investir no treinamento de liderança para supervisores.

Esses treinamentos não se visam apenas ensinar aos supervisores como gerenciar tarefas, horários e orçamentos. É sobre capacitá-los com habilidades para liderar pessoas, inspirar confiança e criar uma cultura de trabalho positiva.

Supervisores foram configurados para falhar. Todos acordam de manhã cedo e vão para o trabalho com o objetivo de acertar. Só que nem sempre o resultado é o esperado. E a resposta para a solução deste problema também está nos supervisores operacionais.

No meu livro, que não é tão novo assim – A Percepção de Riscos: As Quatro Dimensões Essenciais para Fortalecer a Cultura de Segurança (lançado em 2022 pela Amazon) apresento na verdade a Percepção sobre a Segurança e as Variáveis importantes a serem consideradas se você quer Elevar a Segurança em sua empresa. Neste livro, apresento cases e respondo por que os Supervisores tem dificuldade em liderar suas equipes de forma eficaz. Eu argumento que há barreiras como:

  1. A falta de apoio da gestão, pois priorizam a produção em detrimento da segurança.
  2. Não sabem (Incapacidade) trabalhar com segurança, o que pode levar ao fracasso em dar um bom exemplo para a equipe.
  3. Não compreendem a importância da segurança e seu impacto no ambiente geral de trabalho.
  4. Os gerentes concentram-se apenas no comportamento individual sem considerar os fatores organizacionais e ambientais mais amplos que contribuem para a segurança.

 

Os cases citados demonstram que o “sistema” os configura para o fracasso, não fornecendo treinamento, suporte ou reconhecimento adequados. Identifica também os desafios e frustrações comuns enfrentados pelos supervisores, como falta de tempo, recursos, autoridade e feedback. Conclui afirmando que os supervisores precisam desenvolver suas habilidades de liderança e a mentalidade adequados para superar esses obstáculos e ter sucesso em seus papéis.

O treinamento de liderança para supervisores pode ajudar a sua empresa a alcançar os seguintes benefícios:

  1. Melhoria no desempenho de segurança, criando uma cultura de cuidado e responsabilidade entre as equipes.
  2. Maior Satisfação dos funcionários, fornecendo ferramentas para motivar, orientar e reconhecer os membros da equipe. E todos preferem trabalhar num equipe “segura”.
  3. Retenção de funcionários aumentada, criando um senso de pertencimento e lealdade.
  4. Maior satisfação do cliente, entregando trabalhos de qualidade no prazo e dentro do orçamento.
  5. Vantagem competitiva, atraindo e desenvolvendo os melhores talentos do setor.

Como gerente sênior, você tem a responsabilidade e a oportunidade de fazer a diferença em sua empresa!

5 Práticas para Otimizar os Procedimentos de Ordem e Limpeza no Local de Trabalho

Limpeza e organização no trabalho - grupo de funcionários limpando setor

Quando se definir que a Segurança é um Valor em sua empresa, um dos primeiros passos é definir como se parece uma empresa, o time, as práticas quando a Segurança é um Valor. E, com certeza, esta definição inclui pisos limpos, áreas organizadas e tudo em seu devido lugar. Mas isso não é apenas porque cria uma imagem bonita. A Ordem e  a Limpeza adequada é essencial para  evitar incidentes e acidentes, mas também a aumentar o moral, o clima, a produtividade e a qualidade do trabalho.

Os benefícios da Ordem e Limpeza se aplicam a todos os locais de trabalho, incluindo fábricas, Manutenção, Serviços diversos, armazéns, lojas de varejo e escritórios. Aqui estão cinco práticas fáceis de manter a limpeza do local de trabalho em primeiro lugar.

O serviço de limpeza não apenas evita incidentes e lesões, mas também ajuda a aumentar o moral, a produtividade e a qualidade do trabalho. Os benefícios da limpeza também não se limitam aos canteiros de obras; essa prática de segurança se estende a todos os locais de trabalho, incluindo fábricas industriais, fábricas, armazéns, bem como lojas de varejo e escritórios.

Há diversos programas nacionais e internacionais que podem lhe ajudar a sistematizar e fortalecer a cultura de organização. Não os abordarei aqui, mas lhes forneço 5 práticas fáceis de manter a Ordem e  a Limpeza do local de trabalho.

 

1 – Limpe Conforme o Uso

Implementar uma estratégia de limpeza que esteja em sintonia com o uso diário pode economizar tempo e ajudar a estabelecer bons hábitos de limpeza. Os funcionários devem ser incentivados a guardar as coisas assim que terminarem de usá-las, incluindo itens que possam representar riscos à saúde, como derramamentos. Dessa forma, é possível reduzir a quantidade de tempo e energia necessários para a limpeza, além de diminuir significativamente o risco de lesões. Além disso, a limpeza contínua durante o trabalho pode reduzir os problemas ergonômicos e diminuir o risco de acidentes como escorregões, tropeções e quedas.

Organizar adequadamente o espaço de trabalho e dedicar tempo para limpar a bagunça pode trazer benefícios para a saúde e segurança dos funcionários, reduzindo o risco de falhas e incidentes. É importante evitar deixar a limpeza para o final do turno, pois a ansiedade de ir embora na hora programada pode aumentar a probabilidade de erros humanos e incidentes.

É para este momento que os treinamentos que realizamos sobre fatores humanos: percepção do risco, comportamento seguro, mindfullness  podem ajudar a controlar o a consciência situacional dos funcionários em seu comportamento durante as práticas de limpeza.

 

2 – Clareza que Possibilita Controlar os Riscos

As atividades de Ordem e Limpeza possibilitam a produção de clareza junto aos operadores e oportunidade para observar e refletir sobre o que está presente na área de trabalho e sua utilidade. Naturalmente, os perigos podem ser identificados e os riscos avaliados.

Por exemplo, áreas de acesso bloqueadas, saídas de emergência bloqueadas, espaço restrito para a movimentação, materiais dispersos no piso, EPI’s usados sobre equipamentos do processo, extensões elétricas na área, panos de limpeza deixadas na operação, armazenamento fora do espaço determinado, etc. Este momento propicia a identificação de oportunidades que podem ser usadas pelos gestores para, junto com a equipe, tratar os problemas operacionais que naturalmente aparecem, É comum ainda ocorrer o armazenamento de material, ao final do mês, além dos espaços determinados. A pergunta aqui é: qual o risco associado à operação? O risco é aceitável? Este diálogo e trabalho em conjunto com a operação possibilita a prevenção assim como o aprendizado.

A Segurança nunca alcançará um nível elevado se a régua de aceitação dos riscos for baixa (complacência).

A familiaridade com práticas sub-ótimas de trabalho podem levar a se conviver com o risco. Num processo de soldagem os funcionários deixavam a ponta de solda que sobrava no piso. O acúmulo durante o turno de trabalho se tornava grande, com os operadores pisando sobre elas. Não se percebiam do problema, pois sempre foi assim. Se a limpeza for terceirizada, é fácil ignorá-la porque é responsabilidade de outra pessoa. Por esse motivo, é importante designar uma pessoa que esteja no local de trabalho para supervisionar diariamente os resíduos do trabalho.  A questão não é só o resíduo e sim o desperdício que pode gerar perdas financeiras e gerar vários perigos.

Limpeza e organização no trabalho - grupo de funcionários limpando setor

3 – Tudo em seu devido lugar

A Ordem e Limpeza devem ser vistos com um processo pessoal, no nível do hábito. Terminou de usar, guarda no lugar certo, mesmo que haja outras atividades a serem feitas.

Houve um acidente no ano passado, numa emrpesa pretadora de serviço, pois uma lixadeira, ficou “armazenada, guardada” sobre uma peça metálica. Alguém resolver  colocar o plug na tomada de energia e ela funcionou imediatamente, vindo a se deslocar cortar a mão do operador.

Disciplina não significa rigidez. Disciplina é educação e profissionalismo.

As inspeções das áreas tornam-se um elemento essência de controle, pois o ser humano é falho e tudo tende a se desorganizar. O nome disso é entropia. É necessário que o seu processo forneça garantias. Ninguém melhor que o gestor da equipe para liderar esta iniciativa, dando o exemplo, estabelecendo um alto padrão de ordem e limpeza, desmotivando a complacência. E nada melhor do que o gerente deste supervisor ara fazer isso acontecer. Esta não

É uma função da área de Qualidade e tão pouco da Segurança, a função de inspeção é da área de Operação / Produção.

 

4 – Comunique e Incentive a Limpeza

Para promover a Ordem e Limpeza de um ambiente, é importante que haja uma comunicação clara e objetiva para incentivar essa prática. Dessa forma, é vital que sejam criadas estratégias de comunicação eficientes para incentivar a limpeza.

Uma das maneiras de se comunicar e incentivar a limpeza é por meio da educação ambiental. É preciso que as pessoas tenham consciência sobre o impacto que o acúmulo de lixo pode causar ao meio ambiente e à saúde pública. Assim, é fundamental que haja palestras, treinamentos e campanhas que alertem sobre os riscos e conscientizem sobre a importância da limpeza.

Outra forma de incentivar a limpeza é por meio de campanhas publicitárias ou endomarketing. É possível criar materiais impressos, vídeos que abordem a importância da limpeza e suas consequências.

 

5 – Planeje, Defina Processo, Coloque na Agenda

Terceirizar pode ser bom e ruim. É ruim quando a responsabilidade pela limpeza é do contratado e o de sujar é dos funcionários. Este viés não gera uma Cultura de Segurança ou de Qualidade. Você nunca vai ter um processo excelente com um mindset medíocre.

Qual é a Excelência Operacional ou a Segurança ou a Qualidade que vocês querem ter?

O primeiro ao responder é o CEO, diretores e gerentes, os demais seguem o gerente e os supervisores. Assim é a vida. O operador só faz o que é importante para o supervisor, nem mais, nem menos, nem melhor. O supervisor age da mesma forma em relação ao gerente.

Então é necessário definir diretrizes claras a partir da Diretoria, as quais os gerentes precisam implantar “com carinho”, definindo o que cada nível organizacional vai fazer para garantir que o processo de Ordem e Limpeza seja implantando e mantido com êxito, produzindo valor.

Fazer isso requer habilidades de gestão de mudança, comunicação, gerar compromisso e uma forte conscientização. Os supervisores precisarão executar estas atividades dentro de sua rotina operacional, mantendo a sua disciplina operacional.

Um plano formal por escrito e alocação de tempo de trabalho é vital e precisa produzir indicadores de processo e de resultado, além de entrar nas reuniões gerenciais.

Para garantir soluções de longo prazo, os gerentes devem incorporar essas tarefas em seu plano de manutenção preventiva. Os supervisores podem adotar ações corretivas, como criar um espaço de armazenamento para itens que estão causando obstruções, manutender máquinas e equipamentos para evitar mau funcionamento e estabelecer um cronograma de limpeza regular para tarefas que podem ser facilmente negligenciadas.

 

6 – Inspeções regulares

É importante que a gerência e os funcionários realizem inspeções periódicas nas áreas de trabalho. Durante essas inspeções, devem ser discutidos abertamente os padrões atuais de limpeza, a fim de melhorar os processos através da implementação de uma ordem e limpeza de maior nível. Além disso, é importante estar atento a riscos menos óbvios, como a presença de pequenos volumes de inflamáveis para limpeza, o uso de pequenas ferramentas improvisadas pelos funcionários para facilitar o trabalho, etc.

Resumindo, identificar e corrigir problemas é uma parte importante do processo de manter o local de trabalho limpo e organizado. Os funcionários devem ser incentivados a relatar quaisquer problemas ou preocupações relacionados à limpeza e à organização. Os gestores devem trabalhar com os funcionários para resolver esses problemas e implementar soluções duradouras.

Essas inspeções são um elemento essencial para se promover um Ambiente Seguro de Trabalho, capaz de fortalecer a Qualidade do processo e a Produtividade.

4 Dicas para Melhorar a Presença da Liderança em Segurança

demonstre confiança - líder operacional confiante e mantendo contato visual

A Excelência em Segurança vem através das ações da liderança em segurança. O que o líder pode fazer?

Há muitas coisas que podemos fazer e deveríamos fazer para melhorar a nossa presença em liderança ao comunicar uma mensagem de segurança. Especialmente se essa mensagem for dirigida a grupos de pessoas que lideremos  e que precisam alcançar a excelência em segurança. Muitas vezes, ao comunicar a segurança, o líder simplesmente não fala alto o suficiente ou não é confiante o suficiente ou não é suficientemente apaixonado por sua mensagem; ou pior, parece que não é comprometido com essa mensagem.

Mas se o nosso público não pode ouvir nossa mensagem de segurança – ou está se esforçando para nos ouvir e há outra fonte de ruído – acabam por não entender e não agem com base  nessa mensagem e a excelência em segurança provavelmente não é alcançada.

Ao detectar uma falta de confiança, paixão ou compromisso com a nossa própria mensagem de segurança, eles simplesmente descartarão a mensagem. Seu nível de compromisso aumentará com base no limite oferecido pelo líder. Aqui estão algumas dicas que ajudarão você a evitar essas armadilhas ao comunicar a segurança.

Dica # 1: Conduza-se com Confiança

A confiança traduz-se em competência na mente do ouvinte. Se você se mostrar confiante no que diz, as pessoas naturalmente assumirão que você sabe do que está falando. Isso não é para sugerir que possamos ou devemos blefar ou mentir através da comunicação de segurança. Você deve saber o que está falando! No entanto, se você conhece bem seu tema, mas você o apresenta com uma falta de confiança, você parecerá não dominar o conhecimento dessa área. Consequentemente, você não inspirará muita confiança em sua audiência, e mais uma vez perderemos uma ótima oportunidade para alcançar a excelência em segurança.

Dica # 2: Projetar a  sua Voz

A comunicação de segurança não envolve falar muito. É sobre a sua expressão. Trata-se de garantir que as pessoas possam ouvi-lo e entendê-lo. No final, se eles não podem ouvir você, eles não poderão atuar com base na sua mensagem. Muitos de nós tentamos comunicar a segurança em áreas de alto ruído, como numa linha de produção, um armazém ou um local de construção. Se assim for, devemos ajustar nosso volume de voz para compensar esse ruído. A última coisa que você quer é competir com o ruído de um empilhadeira ao comunicar a sua mensagem. Projete a sua voz mais alto do que você acha que precisa. Se você chegar ao ponto de precisar gritar – vá para outro local conversar.

demonstre confiança - líder operacional confiante e mantendo contato visual

Dica # 3: Faça Contato com os Olhos

O contato visual com a nossa audiência nos ajuda a criar relacionamento, transmitir cuidado e preocupação, além de verificar o nível de engajamento deles. Ele também comunica autenticidade e sinceridade, bem como confiança.

Dica # 4: Veja o Que Você Diz e Como

Como líder, a sua comunicação sobre segurança e cultura de segurança tem um grande impacto. Se eles nos veem falar apaixonadamente sobre o valor da segurança, eles vão abraçá-lo igualmente. Mas se eles percebem que estamos simplesmente fazendo a nossa obrigação  e que realmente não acreditamos nisso, eles adotarão uma posição semelhante.

 

Carlos Massera é o Diretor e o agente de transformação na M&M Tecnologia Comportamental, uma empresa de desenvolvimento da liderança em segurança. Nos últimos 25 anos implantou e desenvolveu a operação segura através da liderança e do comportamento seguro, fortalecendo a cultura de segurança alinhado aos objetivos organizacionais. Pessoalmente liderou as iniciativas onde as empresas obtiveram o melhor desempenho em segurança de sua história. 

Defina suas metas! A Cultura de Segurança é Impulsionada pela Liderança

Líder na Operação - líder apresentando\notificando a seu liderados informações

Defina suas metas de alto impacto e não se contente com uma implementação medíocre. A mediocridade nunca resulta em mudança cultural. Mudança de cultura não é para o escrúpulo ou fraco do coração, não é fácil e nunca é entregue a você em uma bandeja de prata.

Requer trabalho duro, compromisso com a visão e os resultados, tenacidade, confiança, colaboração, desenvolvimento, reforço e muita persuasão e repulsão.

Você vai encontrar-se cobrindo o mesmo terreno de novo e de novo para o mesmo grupo de pessoas. Renove a visão em suas mentes toda vez que eles a perderem.

Isso não durará para sempre, mas as forças que trabalham contra a mudança cultural são mais poderosas na frente e no meio do processo e precisam ser antecipadas, identificadas e neutralizadas antes de matar a cultura.

 

Aguente firme, a cultura resultante valerá bem o esforço.

O gerenciamento de mudanças é tanto uma forma de arte quanto uma ciência.

Saiba quando forçar o problema e persuadir e quando recuar e deixar as coisas acontecerem.

Deixe que os outros discutam o ponto por você através da pressão dos colegas. Você certamente terá bolsões de resistência. Mas você certamente terá ainda mais defensores da nova cultura, e isso será a seu favor.

Apenas tenha certeza de que você tem um mecanismo para identificar onde estão os bolsões de resistência, e quem eles são para que você possa resolvê-los (traduzido, sua equipe precisa estar no campo, e provavelmente mais do que já estão) eles precisam ser seus olhos e ouvidos sobre o progresso da mudança.

Você precisará trabalhar com a liderança nessas áreas para impulsionar a cultura de maneiras específicas e ter sucesso na ponta.

Líder na Operação - líder apresentando\notificando a seu liderados informações

Evite a todo custo tornar a segurança ou os programas no novo “sabor do mês”.

Quer dizer, estar sempre inventando algo novo, como se a sua empresa não soubesse o que é processo e melhoria contínua. Isso só pode ser alcançado através do apoio ativo e visível dos níveis mais altos da organização. As principais lideranças devem adotar a mesma visão e você terá que convencê-las e integrá-las com firmeza.

A menos que os funcionários vejam a Segurança sendo visível e constantemente apoiado por seus próprios líderes, eles provavelmente não a adotarão. Não me refiro ao discurso. É necessário ir além do discurso e realmente agir. Movimentos vindos da base organizacional podem funcionar em alguns contextos; mas quase nunca conseguem o apoio da liderança ativa.

Por “ativo”, quero dizer o apoio que vai além de uma luz verde para implantar um programa ou um balançar afirmativo da cabeça enquanto você entrega a mensagem. Os líderes devem ser aqueles que entregam essa mensagem e, novamente, você deve persuadi-los a fazê-lo.

 

Eles devem estar engajados ativamente em todas as facetas do programa.

Sua principal função é lhes fornecer a visão, persuadi-los de sua primazia, ajudá-los a transmitir a visão, levá-los a participar e falar em eventos internos relacionados ao esforço e orientá-los sobre melhorias quando e onde necessário, além de realizar o coach em suas abordagens junto aos seus liderados.

Certifique-se de garantir apoio de liderança para sua iniciativa com antecedência e com frequência. Eles devem se tornar os porta-vozes da mudança cultural. Seu papel é ser um conselheiro para eles, colaborar com eles, orientá-los, treiná-los e fornecer orientações ou dicas sobre o tempo (timing) e a mensagem – isso, por si só, requer liderança de sua parte!

Depois de obter a aceitação do programa pela alta administração, você precisará espelhar esse esforço novamente com os gerentes de nível médio e gestores de operação. A liderança em todos os níveis deve promover ativamente e liderar a cultura.

5 dicas para produzir mais resultados em redução de acidentes

Redução de Acidente - homens impedindo a passagem para área restrita na indústria

O programa de comportamento seguro ou de segurança comportamental é uma parte essencial para se fortalecer a cultura de segurança. Entretanto, muito se tem errado na implantação e na gestão destes programas e os resultados tardam a aparecer ou não são consistentes. Aqui lhe forneço 5 dicas para produzir mais resultados em redução de acidentes e de forma mais rápida.

 

A boa notícia primeiro!

A quantidade de programas de segurança comportamental implantados cresce a cada dia.  São inúmeras empresas e profissionais que adotaram esta prática para promover a excelência em Segurança nas operações de sua empresa.

O que é formidável!

Cada vez mais empresas se dedicam a desenvolver a cultura de Segurança.

Redução de Acidente - homens impedindo a passagem para área restrita na indústria

Agora a má notícia (desculpe)…

Os programas estão agonizando… ou aqueles que os implantaram, pois:

  • Muitas observações são realizadas e os acidentes não diminuem;
  • O funcionário observado muda o seu comportamento durante a observação;
  • Os indicadores não refletem a realidade;
  • A qualidade da observação é sofrível

 

Não é um trabalho fácil e o sucesso no curso e longo prazos requer uma experiência profissional diferenciada.

O bom de 30 anos de experiência nesta estrada, implica que aprendemos alguns macetes e vou compartilhar com você agora:

  1. Trabalhar com um formulário preciso e com poucos comportamentos (Ex: os 5 mais críticos). E que estes comportamentos tenham se associado a maior parte dos acidentes.
  2. Garanta que os seus observadores vão observar onde é mais necessário: nas áreas e processos em que ocorrem mais acidentes.
  3. A observação e o feedback são feitos com qualidade. Na proporção mínima de 2:1
  4. Planos são feitos com os dados das observações e melhoram o comportamento.
  5. Todas as etapas anteriores agregam valor para os gestores e para a operação. Facilitam e não complicam.

 

Há muitas outras dicas além destas 5 dicas. Por hora, lembre-se que:

  1. Quanto mais você observar os seus liderados, melhor eles irão trabalhar.
  2. Quanto mais feedback você der aos seus liderados, melhor eles vão trabalhar.

 

Deixo uma pergunta para sua reflexão.

Qual a qualidade da presença e do relacionamento de seus líderes e observadores com a equipe operacional?

 

Reforçando a Segurança como Valor Fundamental: Um Guia de Sobrevivência

Lider presente - líder com dois de seus liderados o acompanhando dentro da linha de produção

No final de 2018, publiquei um artigo intitulado Um Guia de Sobrevivência para Manter Sua Segurança em Vida Viva, com a intenção de postar uma série de artigos de acompanhamento. Infelizmente, tive que colocar esse esforço em uma prateleira na época em favor de atividades de negócios de final de ano concorrentes. Agora que estamos no novo ano, eu gostaria de continuar de onde parei com essa série. Se você ainda não leu o artigo original, sugiro que clique no link acima antes de continuar com este.

 

É Importante Como Pensamos Sobre Segurança

A primeira coisa que abordo em qualquer workshop, apresentação, palestra ou discussão de cultura de segurança é a importância primordial da maneira como pensamos sobre segurança.

O que realmente acreditamos sobre isso?

É apenas um compliance que seguimos e aplicamos, ou é um valor que vivemos e lideramos?

A resposta pode parecer óbvia. Fazemos as coisas certas para promover a segurança no trabalho. Nós reforçamos a segurança como nossa maior prioridade. Envolvemos os funcionários em discussões sobre sua segurança pessoal. Sempre usamos o EPI necessário no local de trabalho. Nós somos o modelo de comportamentos seguros no trabalho.

Mas esses mesmos comportamentos prevalecem quando estamos realizando atividades potencialmente perigosas em casa? O que estamos vestindo quando cortamos a grama? Protetor ocular? Proteção auditiva? Roupa de proteção? Se não, por que não? As leis da física sobre níveis de decibéis e projéteis que voam de alguma forma deixam de existir no quintal? Sentimo-nos livres para alcançar um pouco mais e inclinar-se um pouco mais enquanto trabalhamos nessa escada, porque não há “exigência” de fazer o contrário?

Se formos honestos conosco mesmos, a maioria de nós teria que admitir que tomamos atalhos em casa que não toleraríamos no trabalho.

Se esse é o caso, então temos que reavaliar como pensamos sobre segurança e o que acreditamos sobre isso. Um valor não é algo que fazemos apenas a tempo parcial ou apenas em determinados locais. Nós carregamos isso conosco. Portanto, se a segurança é realmente um valor central (uma crença) para nós, então não vamos fazer as coisas de maneira diferente em casa. A menos que (e até que) internalizemos a segurança como um valor central para nós mesmos, não podemos esperar liderar e internalizar a segurança como um valor central para qualquer outra pessoa.

Uma das melhores formas de atingir os dois objetivos é amarrar a segurança pessoal (seja sua ou de outra pessoa) a um valor central ou crença existente. Para a maioria de nós, essa é a família – cônjuges, filhos, netos, pais, irmãos, amigos. Em resumo, nosso relacionamento com as pessoas que amamos. Nós fazemos coisas para esses relacionamentos que nem mesmo fazemos por nós mesmos. Se você tem filhos, então você já sabe disso instintivamente. Quantos de nós começamos a correr menos riscos na vida depois que nossos filhos nasceram? Nós não fizemos essa mudança por nós mesmos, caso contrário, teríamos feito  isso há muito tempo. Quantos de nós dirigimos com mais cuidado quando as crianças estão no carro? Nós não estamos fazendo isso por nós mesmos, caso contrário, faríamos isso o tempo todo.

 

Fazemos coisas para esses relacionamentos que nem mesmo fazemos por nós mesmos, porque eles fazem parte do nosso conjunto de valores essenciais.

As pessoas que você lidera em uma cultura de segurança não são diferentes. Eles também têm um conjunto de valores essenciais que inclui seus relacionamentos com as pessoas que amam. A razão pela qual tomamos atalhos é porque nossas mentes estão concentradas em fazer o trabalho. Mas se as nossas mentes, ao contrário, estiverem focadas nas pessoas do nosso conjunto de valores essenciais, tendemos a nos comportar de maneira diferente.

Segurança não é política, nem é sobre mim; é sobre as pessoas no meu conjunto de valores essenciais. Como eles são afetados quando eu faço escolhas ruins em relação à segurança? O que acontece com eles se eu escorregar e cair de uma altura que resulte em uma lesão ou fatalidade? Quem eu deixo para trás quando tomo essas decisões ruins? Como eles são afetados negativamente por meus comportamentos inseguros? Quem cuida deles quando não estou mais por perto ou não posso mais pagar por causa das decisões que tomei?

Lider presente - líder com dois de seus liderados o acompanhando dentro da linha de produção

Aplicação para supervisores, gerentes e outros líderes

O ponto focal de tudo isso foi fornecer algumas dicas sobre como reforçar os princípios que impulsionam e sustentam uma cultura de segurança saudável. Para líderes organizacionais (líderes com títulos), esse é o tipo de mensagem que precisa caracterizar nossa comunicação de segurança. Isso significa que temos que mudar nossa abordagem ao treinar comportamentos de segurança. Em vez de se concentrar na política

“José, notei que você não está usando seus óculos de segurança e só queria lembrá-lo de que somos obrigados a usá-los em todos os momentos, quando estamos na operação.”

 

… Precisamos começar a nos concentrar nas pessoas

“José, sei que sua família depende de você para tomar as decisões certas para eles todos os dias. Como eles seriam afetados se você perdesse a visão porque não estava usando os  seus óculos de segurança? Que parte da vida de seus filhos você está disposto a arriscar a não ver porque você tomou uma decisão ruim sobre a proteção dos olhos hoje? Não é sobre você, José. É sobre aqueles em casa que dependem de você para tomar as decisões certas para eles . ”

 

Aplicação para funcionários operacionais

 

Uma vez que a liderança tenha adotado e internalizado a segurança como um valor central, eles devem encorajar seus funcionários da linha de frente a fazer o mesmo. Além disso, eles devem oferecer amplas oportunidades para que a operação demonstre seu compromisso com a cultura de segurança assumindo o manto de liderança em segurança e da comunicação de segurança.

Por exemplo, qualquer pessoa que lidera a comunicação de segurança (como reunião de segurança, reunião de startup, reunião de pré-turno, reunião de DDS, etc.) deve definir o tom dessa reunião usando uma história ou ponto de conversa que ligue à segurança pessoal. Aos valores fundamentais. Deixe os funcionários operacionais liderarem essa comunicação. O objetivo é construir sua capacidade de liderança, e as oportunidades de comunicar a segurança de maneira formal são um caminho ideal para realizar isso.

Outra idéia é que cada local (planta, instalação, canteiro de obras) crie uma área dedicada onde os funcionários poderem publicar fotos de suas famílias (salas de reunião, lobbies, entradas, etc.). Coloque um título em letras grandes no topo que diga algo como “Meu motivo para trabalhar com segurança hoje“. Os líderes podem definir o tom colocando os primeiros em primeiro lugar e, em seguida, devem incentivar seus subordinados diretos a fazer o mesmo.

Muitos de seus funcionários precisarão de pouco ou nenhum estímulo para fazer isso, e o resto (com algumas exceções) logo seguirá o exemplo (deixe que a pressão dos colegas trabalhe com sua mágica aqui!). Os gerentes de instalações podem reforçar a importância dessa atividade como um lembrete de por que trabalhamos com segurança todos os dias. Isso pode ser usado como base para conversas sobre segurança como um valor central. Mesmo que um funcionário não conheça bem outro funcionário, pelo menos ele já sabe (com base em uma foto) que esse funcionário tem uma razão para trabalhar com segurança que transcende a mera política.

Isso, por sua vez, pode ser usado como base para motivar e treinar os comportamentos seguros (um tópico abordado mais adiante nesta série).

Estas são apenas algumas idéias para reforçar a segurança como um valor central. Mas isso por si só não será suficiente para manter uma cultura de segurança viva e florescente. Também devemos transformar nossos funcionários operacionais em verdadeiros líderes de segurança por direito próprio. Esse será o assunto de um  próximo artigo desta série. Até a próxima vez.

Segurança em Primeiro Lugar – A Segurança é a Sua Maior Prioridade?

Segurança em primeiro lugar? - líder indicando a seu liderado

Você já deve ter ouvido os slogans de segurança:

  • “Segurança em primeiro lugar”,
  • “Segurança # 1”,
  • “Segurança é a nossa maior prioridade”.

E uma série de outros slogans semelhantes que transmitem a mesma ideia. A intenção é boa, mas a mensagem infelizmente não é tão boa.

Slogans, programas e filosofias criadas em torno desse sentimento produzem o seguinte pensamento – que a Prioridade é MÁXIMA, SEMPRE.  Mas uma Prioridade é uma prioridade. E porque a Segurança é posicionada como uma prioridade, ela está em constante luta para manter a sua posição # 1, com as outras prioridades que estão lutando pela posição de “primeiro lugar”.

O resultado é uma mensagem com um tempo inadequado sobre o prazo da produção, as restrições financeiras ou a perda de bônus que acabam por destronar a Segurança como a prioridade #1, fazendo com que ela seja a #5 ou #6, pois as outras demandas do processo produtivo se tornam mais prementes. E com isso passam a obter mais atenção da gestão e precisam ser resolvidas para a continuidade do negócio.

Segurança em primeiro lugar? - líder indicando a seu liderado

As prioridades são impostas externamente aos trabalhadores e, como tais, são vistas como situacionais e em constante mudança. Portanto, elas são incômodas e as pessoas querem resolver logo ou são mantidas sempre à distância, para que as pessoas possam voltar à zona de conforto o quanto antes. Isto já está confirmado pela ciência. Qualquer adesão a elas será de curta duração e sem um verdadeiro compromisso.

Em contrapartida, os valores são internos, atemporais e imutáveis. Como tal, não são comprometidos devido a aspectos situacionais, tais como prazos, orçamentos ou qualquer outro elemento da vida produtiva, além de qualquer outra prioridade que possa vir acima. Não se costuma agir contrariamente aos valores e crenças fundamentais. Assim, se a segurança é genuinamente mantida como valor e crença, então a segurança não será conscientemente comprometida.

Posicione a Segurança como Valor Central: Uma Abordagem Prática para Implementação na Sua Organização

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Segurança É Baseada em Relacionamentos

bom relacionamento no trabalho - líder junto de seu liderado na operação

Você conectou a Segurança como um valor aos valores-chave já existentes, e você descobriu que esses valores centrais são principalmente os relacionamentos deles com as pessoas que eles amam.

A Cultura da Segurança é sobre pessoas e os valores centrais são sobre relacionamentos com estas pessoas, por isso não deve ser nenhuma surpresa que a Cultura é propagada melhor através dos relacionamentos de confiança.

Eles não têm nenhuma razão para seguir a sua liderança ou a sua mensagem a menos que eles confiem em você. E estejam convencidos de que você se preocupa e está preocupado com eles e seu bem-estar.

bom relacionamento no trabalho - líder junto de seu liderado na operação

Faça isso bem e ensine a outros líderes da organização como fazê-lo bem. A sua mensagem deve ser verdadeira e vir do coração. Seu cuidado e preocupação devem ser claros sem ser imposto pela autoridade.

Construa Relacionamentos de Confiança: Transforme a Abordagem da Segurança do Compliance para uma Jornada de Valor

Comece a construir relacionamentos de confiança, alterando sua mensagem sobre a Segurança do compliance (cumprir regras) para um de valor central. Pergunte-lhes sobre suas famílias em uma conversa informal, não apenas quando você quer empurrar uma agenda. Procure conhecê-los e suas vidas, seja transparente sobre você. Seja aberto e honesto na sua conversa e seja acessível. Eles virão livremente a você para pedir orientação e olhar para você buscando uma direção, depois de ter construído a confiança com eles. E uma vez que aconteça, a sua mensagem sobre a Segurança como uma cultura, ressoará neles e eles irão começar a adotá-la por eles mesmos.